Como dito anteriormente, o blog surgiu como uma atividade da cadeira de Teoria e Prática de Leitura, do curso de Biblioteconomia da UFC, portanto essa semana é a última do blog.
Então, como essa é minha última postagem, eu resolvi falar dos meus mangás favoritos e um pouquinho da relevância que cada obra tem minha vida! (: Então, vamos lá.
1. BOA NOITE PUNPUN, do Inio Asano
Boa Noite Punpun é o mangá de maior sucesso do autor Inio Asano. O mangá acompanha o adolescente Punpun durante 4 fases da vida, indo do Ensino Infantil até os seus 20 anos e é conhecido pela abordagem de temas difíceis, como saúde mental e amadurecimento. No mangá, Punpun enxerga a si mesmo e os familiares como pássaros.
Quando eu li pela primeira vez, no início do meu ensino médio, ele acabou tendo um impacto significativo na minha vida (de um jeito não tão positivo). Boa Noite Punpun, por tratar de assuntos difíceis, não é uma leitura fácil. E a Ana Clara de 15 anos, recém chegada no ensino médio não tinha a força necessária pra aguentar a obra. Eu nunca me arrependi de ler esse mangá e ele se mantém até hoje sendo umas das minhas leituras favoritas, mas se eu pudesse voltar no tempo eu diria pra Ana de 15 anos esperar mais uns aninhos antes de ler a obra de Inio Asano.
Então eu ponho aqui um aviso: apesar de ser uma obra maravilhosa, eu recomendo que você não leia se você não estiver com a saúde mental legal, de verdade, é melhor esperar.
No Brasil, Boa Noite Punpun foi lançado em 7 volumes entre 2018 e 2019 pela JBC.
2. JOJO’S BIZARRE ADVENTURES: STEEL BALL RUN, de Hirohiko Araki
Eu comecei a ler Jojo’s Bizarre Adventures porque eu queria falar mal do anime/mangá. Exatamente isso. Se você já teve contato com Jojo você provavelmente entende os meus motivos pra querer não gostar de Jojo.. Infelizmente, o tiro saiu pela culatra e a obra se tornou uma das minhas favoritas.
Jojo’s Bizarre Adventures é praticamente uma saga, contando com, até agora, 8 partes, sendo Steel Ball Run a 7°. O mangá conta a história da luta eterna entre os membros de várias gerações da família Joestar e ... vampiros bombados com poderes especiais (mais ou menos)...
A 7° parte em específico conta a história de Johnny Joestar e Gyro Zeppeli. Os dois entram numa corrida a cavalos, saindo de San Diego à Nova York, cujo vencedor ganha 50 milhões de dólares. Porém, o que eles não sabem é que a corrida faz parte de um plano do presidente dos Estados Unidos, Funny Valentine, para encontrar as partes do corpo de Jesus Cristo. Sim. Exatamente isso (de novo).
Apesar de fazer jus ao nome e ser realmente bizarra, Jojo é, em geral, um mangá divertido e muito interessante mas dá pra entender o motivo da série ter tanto fã perturbado (sem ofensas :p).
Até o momento (dezembro de 2021), a Panini só lançou Jojo no Brasil até a 4º parte, Diamond Is Unbreakable.
3. VERSAILLES NO BARA, de Riyoko Ikeda
Versailles no Bara (ou Rosa de Versailhes) é um mangá shoujo (mangá focado no público feminino adolescente) escrito por Riyoko Ikeda e lançado em 1972. O mangá conta a história da jovem Oscar, que foi criada pelo pai como homem, e como ela vira capitã da guarda real que protege a princesa Maria Antonieta. O mangá se passa na França do século XVIII e narra os acontecimentos que antecedem a Revolução Francesa.
Versailles no Bara, por se tratar de uma obra baseada num grande momento histórico, deixa a gente com uma sensação meio agridoce: a gente gosta dos personagens e torce por eles, mas ao mesmo tempo já sabemos o final da Revolução Francesa e o possível final do mangá. Mas é uma obra linda, que influenciou uma geração de mangakás e é até hoje uma das obras mais importantes do Japão.
A obra foi lançada no Brasil em 2019, em 5 volumes, pela JBC.
4. MONSTER, de Naoki Urasawa
Eu já fiz um post explicando os motivos pra ler Monster, que você pode conferir aqui, então não vou me demorar falando dele. Mas resumindo, é um mangá incrível, provavelmente o melhor que eu já li e todo mundo deveria ler (; .
Monster foi publicado 3 vezes no Brasil. Primeiro pela editora Conrad, sendo cancelada antes do fim. Depois pela Panini, em 18 volumes. Mais recentemente foi publicada pela Panini de novo, dessa vez em 9 volumes.
5. AKIRA, de Katsuhiro Otomo
É uma tarefa muito difícil pra mim falar de Akira e não escrever um texto de 30.000 linhas mas eu vou dar o meu melhor pra conseguir sintetizar meus pensamentos em, no máximo, 10.
Eu vou também, “pegar emprestado” a sinopse da JBC porque se eu fizer por conta própria a gente fica aqui até amanhã.
“Ambientada em um cenário pós-apocalíptico da Neo-Tóquio, 30 anos depois da III Guerra Mundial, a história é centrada nos personagens Kaneda e Tetsuo, membros de uma gangue de motoqueiros que se deparam com o poder sobrenatural de Akira.” (fonte: editorajbc.com.br)
Akira é o mangá mais influente de todos os tempos. Ponto. Também deu origem à animação japonesa mais influente de todos os tempos. Akira moldou uma geração de mangakás e ajudou a construir o gênero de ficção científica. Até hoje a obra é referenciada e ainda influencia diversos artistas de áreas diferentes, indo do Stephen Spielberg até o Kanye West. O filme então nem se fala, é até hoje a maior animação de todos os tempos (fonte: confia), sendo inclusive a primeira animação japonesa a ser exibida no Brasil como filme mainstream.
O mangá foi publicado no Brasil duas vezes, primeiro em 38 volumes entre 1990 e 1998 pela editora Globo e mais recentemente, entre 2017 e 2019, pela editora JBC, em 6 volumes.
Então é isso gente, acaba aqui o meu último post. Obrigada por acompanharem e tchau!!
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